A
profissão de Técnico de Segurança do Trabalho esconde algumas
particularidades interessantes e importantes. Veja a seguir os erros mais comuns cometidos no nosso trabalho e
aprenda a fugir deles o mais rápido possível.
1 – Pensar que sabe tudo
Em se
tratando de segurança do trabalho que tem muita coisa e muita norma
interpretativa uma opinião pode mudar todo nosso ponto de vista.
A área da segurança do trabalho é tão complexa que não nos permite saber a maioria das coisas relacionadas a ela.
Vamos pensar em um Técnico de Segurança do Trabalho que trabalha em um
hospital. Se o técnico que trabalha em hospital sai do emprego hoje e
entra trabalhando na mesma função em uma mineradora, terá que
praticamente reaprender a profissão. O ambiente hospitalar nada tem a
ver com o ambiente de uma mineradora, tudo que ele tenha aprendido em
anos de trabalho não valerá muito no novo emprego. Assim acontece com
vários segmentos de segurança do trabalho. Do que se aprende em um
segmento pouco se aproveita em outro.
O grande segredo do sucesso profissional na carreira de Técnico de Segurança do Trabalho é estar sempre estudando.
As normas são alteradas constantemente, e o ambiente de trabalho por
uma simples mudança de layout pode passar a apresentar riscos
diferentes.
2 – Não cuidar da própria segurança
Na
segurança do trabalho nossa palavra vale pouco ou quase nada! O que vale
é documentação. Nosso trabalho é cercado por muita responsabilidade. Documentar possíveis omissões da empresa é obrigatório a quem
não quer se ver comprometido com a justiça depois.
3 – Terceirizar o trabalho que pode fazer
Tem
Técnico de Segurança que terceiriza mesmo quando pode fazer. Por
exemplo, se você tem autorização da empresa para elaborar o PPRA por que
não fazer? Temos que pensar que quanto
mais terceirizamos menos controle temos sobre programas e procedimentos
que nos dizem respeito.
Quanto
mais puder fazer pela empresa mais bem visto será, e mais controle terá
sobre seu departamento e as ferramentas que o cercam.
4 – Se acomodar perante as dificuldades
Pode
acontecer que de tanto lutar para conseguir fazer segurança na empresa, ás vezes se torna em vão, desistamos de tentar, nos entregando completamente… Tal condição além de gerar risco de
responsabilidade em caso de acidente de trabalho, gera sofrimento,
afinal, ninguém se forma no segmento de segurança do trabalho apenas
para entregar EPI.
Precisamos lembrar que se entregar a situação não resolve o problema!
Talvez uma simples conversa com a direção da empresa possa resolver o
problema. Se não resolver, pare e analise se vale a pena continuar
fazendo parte da empresa.
5 – Aceitar desvio de função
Técnico
de segurança do trabalho tem carga de trabalho definida pela NR 4, item
4.8. São 8 horas de trabalho por dia em prol de ações prevencionistas
na empresa.
Se a empresa ficar te desviando de função poderá ser multada por isso.
6 – Não observar a hierarquia da empresa
Precisamos
ter uma visão real a respeito do nosso verdadeiro papel a ser
desempenhado, bem como, de onde devemos nos posicionar na empresa. Não
somos os líderes no setor do funcionário, por isso, não devemos ficar
distribuindo broncas a advertências na empresa. Isso é dever do
verdadeiro líder do funcionário, do líder de setor.
7 – Não conhecer a empresa onde trabalha
É
preciso conhecer as pessoas com quem trabalhamos, ás vezes confiamos em
quem não devemos e quando prestamos atenção já fomos ao chão! As pessoas
são a coisa mais perigosa que existem. Ter um tempo de conhecer os
colegas de trabalho é fundamental para evitar ser surpreendido depois.
Mesmo
as pessoas mais amáveis hoje podem se tornar a pedra no seu sapato
amanhã. Esteja atento e pense o tempo todo “até onde vale a pena confiar
em alguém”…
8 – Se ausentar por muito tempo do chão de fábrica
No chão
de fábrica é onde as coisas acontecem. É claro que precisamos cuidar da
parte documental, mas, cuidar dos riscos na fonte é bem mais importante
do que “apenas” os colocá-los no papel.
A
palavra chave nesse sentido é ser dosador!
É procurar trabalhar fazendo
as coisas na dose certa e na sequência certa. É saber dosar o tempo
entre chão de fábrica e serviço documental.
9 – Não saber se comunicar
Quando falamos em comunicação, não nos referimos apenas a comunicação
verbal, e sim, qualquer tipo de comunicação. Na nossa profissão
precisamos saber nos comunicar:
• Por
escrito: É incrível e ás vezes chocante a quantidade de erros que ás
vezes encontro nos comentários dos colegas. Erros gramaticais normalmente ocorrem com quem lê
pouco ou é muito displicente no que faz. Em tudo que fazemos deixamos
nossa marca, tudo serve como referência do que
somos! Precisamos nos preocupar com o que temos deixado, e com o que
aparentamos ser!
• Verbalmente: Usar gírias ou linguagem de baixo calão mancha a imagem de
qualquer profissional e com o Técnico de Segurança do Trabalho não é
diferente. O profissional que tem nível técnico precisa atuar como
profissional de nível técnico que é. Precisa saber pelo menos o mínimo
da linguagem de nosso país para poder se comunicar, falar errado é
outra coisa que não podemos nos admitir.
10 – Ser fumante
Como o
Técnico de Segurança do Trabalho sendo fumante terá “moral” para fazer
campanhas Sobre os Efeitos Nocivos e Restrições ao Fumo? E mais,
que o cigarro faz mal a saúde todo mundo sabe! Como alguém que faz mal a
própria saúde respiratória por causa do fumo poderá instruir o
funcionário a usar máscara para proteger para preservar a saúde?
Sei que
temos alguns colegas fumantes, mas, a intenção não é criticar e sim levar a
reflexão, OK?
11 – Ser alcoólatra ou beberrão
Como o
Técnico de Segurança do Trabalho sendo beberrão terá “moral” para fazer
campanhas Sobre os Efeitos do Uso de Bebidas Alcoólicas no Trabalho?
12 – Ter uma vida sexual promíscua
Como um
Técnico de Segurança do Trabalho com vida sexual promíscua poderá fazer
parte da Campanha Anual de Prevenção da AIDS prevista na NR 5? Se sua vida sexual é promíscua procure não transparecer isso
no trabalho e cuidado com as DST’s e AIDS elas são uma realidade mais
presente a cada dia que passa.
13 – Não saber escutar a opinião dos outros
Ninguém
sabe tudo, e ás vezes basta escutarmos uma opinião de outra pessoa para
começar a ver um problema por outro angulo de vista!
As vezes as opiniões mais tolas podem virar jóias se forem analisadas com calma e humildade.
A
pessoa que acha que sabe tudo na verdade não sabe nada. As pessoas mais
inteligentes que conheço são exatamente aquelas que mais interagem e
mais estão prontas a ouvir.
O
profissional inteligente sabe que não sabe tudo, sabe que outra pessoa
sabe coisas que ele não sabe, sabe que ele e outra pessoa juntos saberão
muito juntos.
14 – Não cuidar da CIPA
A CIPA é o
braço direito da segurança do trabalho na empresa. Quem tem uma CIPA que
funciona já tem meio caminho andado para o sucesso da gestão de
segurança do trabalho na empresa.
Precisamos
aprender a motivar os cipeiros, precisamos cuidar da CIPA, mostrar que os cipeiros desempenham um papel importante e são importantes para
toda empresa.
Garantir a segurança no ambiente de trabalho é garantir
qualidade de vida no trabalho.
A CIPA precisa ser estimulada, apoiada e ouvida. É como se fosse uma planta que precisa ser cuidada para dar fruto naturalmente.
Cuide para não cometer esses e outros riscos no seu trabalho!
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